Marxismo e América Latina: lutas políticas e novos processos constituintes

  • Autor
  • Ana Carla Rocha Silva
  • Co-autores
  • Ana Maria Bezerra Lucas
  • Resumo
  • A pesquisa é parte integrante do projeto Marxismo e América Latina: lutas políticas e novos processos constituintes e tem como objetivo investigar como tem se dado a participação política das mulheres na Bolivia no periodo de 2010-2020. O recorte temporal foi escolhido para que se pudesse analisar os impactos do principio de equidade na politica, entre homens e mulheres, inaugurados pela Constituição Politica de Estado Boliviana em 2009, que instaurou também  o plurinacionalismo. A investigação utiliza, para a abordagem, o método materialista histórico-dialético, tendo como referência as categorias marxianas: totalidade, historicidade e dialética. Como procedimentos metodológicos fez-se uso da pesquisa bibliográfica – de caráter exploratório – em fontes secundárias – sobre os aspectos da cultura boliviana, o papel que a mulher exerce dentro daquela sociedade e das iniciativas legislativas dedicadas a proteção e a participação das mulheres nos espaços de poder político. Como fontes primárias, fez-se uso dos dados presentes no Observatório de Igualdade de Gênero da Organização das Nações Unidas (ONU). A interpretação dos dados teve como foco verificar se houve crescimento na porcentagem da presença de mulheres na ocupação de cargos nos poderes legislativo, executivo e judiciário ao longo dos anos. De acordo com dados do Observatório de Igualdade de Gênero da ONU (2010-2019), Verificou-se que ocorreu um notável aumento de prefeitas e vereadoras que chegaram respectivamente a 7.7% e 42.3, a partir do ano de 2010. No Supremo Tribunal de Justiça, no ano de 2012, o percentual de mulheres em cargos do Poder Judiciário, chegou aos 33.3%. No Poder Legislativo o aumento da presença de mulheres só apresentou um resultado expressivo a partir de 2014 e no ano de 2020, dados do Tribunal Superior Eleitoral da Bolivia (2020), mostram que as mulheres alcançaram um recorde histórico na eleição de 18/10/2020. Elas ocuparam 20, das 36 cadeiras no Senado (56%) e 62, das 130 cadeiras da Câmara Baixa, (48%). Pode-se concluir que a organização Bartolina Sisa representa a materialização da luta das mulheres indígena-originária-campesina no contexto de descolonização estatal e plurinacionalismo característico do processo constituinte. A relevância da pesquisa reside em demonstra como se organiza as mulheres, no atual contexto político boliviano, como tem se dado a participação feminina nos espaços decisórios e de poder politico, bem como, possibilita o entendimento do feminismo sem as amarras da perspectiva histórica tradicional européia.

  • Palavras-chave
  • Bolívia, Mulheres, Política.
  • Área Temática
  • Ciências Sociais Aplicadas
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